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Espiritualidade da Semana Santa

NA SEMANA SANTA VIVEMOS A ESPIRITUALIDADE DA DOR NA ESPERANÇA DA RESSURREIÇÃO


“Meu Deus, meu Deus, porque me abandonaste?” Este grito foi ecoado do alto da Cruz por um Deus-Homem, por um Homem Deus: JESUS. Deus somente poderia lançar esse grito pelo mistério da Encarnação, o único que permite a Deus o dom de ser humano, de agir como humano porque Deus, por si mesmo, não grita, não reclama, não...


Jesus, o prometido à humanidade para curá-la da dor, dor do Espírito, da Alma, do Corpo, tornou-se um de nós, exceto no pecado. “Carregou sobre si todas as dores”. É o Divino se humanizando, é o Divino, a não dor, experimentando, no humano, a dor humana.


Ao nascer, Jesus experimentou o cheiro de um curral, percebeu a “espada transpassando a alma” da Mãe Maria. No silêncio do silencioso adotivo Pai, José, sentiu, no seu coração recém-nascido, a alma ser ferida por não poder oferecer à Esposa um digno lugar para dar à Luz Aquele que era “a luz do mundo”. Essa dor era o prenúncio da terrível dor que aconteceria no madeiro da Cruz quando a potência divina se submeteria à impotência humana: Jesus dilacerado em forma humana, clamando por um pouco de água, Ele, “água viva, jorrando para a vida eterna”. É a espiritualidade da contradição. Veio para nos curar e prolongou a herança da dor, do sofrimento. Sim, herança que até hoje se faz necessária e leva a nossa Igreja a lançar um grito, relembrando ser a SAÚDE algo FUNDAMENTAL. “Fraternidade e Saúde Pública”. Grita Ela, a Igreja, “que a saúde se difunda sobre a terra” (Eclo 38,8). Grita nossa amada Igreja que os pobres estão morrendo na cruz das filas dos postos de “saúde” (ou de doenças?). Grita nossa Igreja que muitos estão morrendo na cruz do alto preço da medicina (ou morrendo no alto preço das receitas). Grita nossa Igreja, como Jesus na cruz, que sem um plano de saúde, o pobre morre na cruz chamada maca nos corredores dos hospitais.


Falamos um pouquinho da Dor, da Doença. E a Espiritualidade? Falar o que?


A ESPIRITUALIDADE está na oração. Precisamos nos convencer de uma coisa, de uma só coisa: nada pode nos dispensar da oração. Nem as enfermidades, nenhuma ocupação que preencha nossa agenda. Orar é uma questão de fidelidade, de amor. Sim, sem espiritualidade, sem oração nos sentimos perdidos, inseguros, especialmente na DOR, na doença. O amor humano às vezes nos falha. Nem sempre podemos contar com a presença dos que consideramos amigos. Muitos se afastam de nós e nos encontramos sozinhos no deserto da vida, vivendo “a última solidão”.


Foi num momento de “última solidão”, ou DOR ESPIRITUAL que encontrei a RCC. Nela e por ela, percebi que estava com “o bico n’água e morrendo de sede”. Na RCC descobri que, com ORAÇÃO, com ESPIRITUALIDADE posso divinizar a humana DOR. Descobri, também, que a DOR com ESPIRITUALIDADE é viver na cruz aguardando a ressurreição, a vida eterna que muitos chamam também de céu. E que bonito, e que coisa fácil, que coisa difícil: céu não é lugar, mas É O CORAÇÃO DE DEUS. O CÉU É O CORAÇÃO DE DEUS.


Pe. Pepê, CEM

 
 
 

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